Joshua Enslen no IEB

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No próximo dia 13 de junho de 2024, pelas 11h00, na sala do IEB, terá lugar a conferência “Canção do Exílio 3.0: Uma Máquina de Remix” de Joshua Alma Enslen (Academia Militar de West Point). Doutorado em Línguas Românicas pela Universidade da Georgia (2008) e Pós-Doutorado em Materialidades da Literatura pela Universidade de Coimbra (2016), Joshua Alma Enslen é diretor do Programa de Português na Academia Militar de West Point. Enslen é autor de Song of Exile: A Cultural History of Brazil’s Most Popular Poem, 1846–2018 (Purdue University Press, 2022). Um dos resultados recentes do projeto dedicado a “Canção do Exílio” pode ler-se no último número da revista MATLIT 10.1 (2023): Joshua Alma Enslen e Jocelyn R. Bell, “Minha Terra Tem ____________: Patterns of Text Reuse in “Song of Exile” and its Intertexts“.

O evento é uma organização conjunta do Programa de Doutoramento em Materialidades da Literatura, do MATLIT LAB: Laboratório de Humanidades, do Centro de Literatura Portuguesa e do Instituto de Estudos Brasileiros.

Serão atribuídos certificados de presença.

JOSÉ MANUEL SANTOS no IEB

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No próximo dia 22 de maio, pelas 14h, José Manuel Santos, Professor Titular de História do Brasil e Diretor do Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Salamanca, fará uma conferência no IEB sobre O Brasil de Felipe III (II de Portugal): castelhanização ou pragmatismo? Eis um resumo da conferência:

Tradicionalmente, o reinado de Filipe III (II de Portugal), situado entre os muito mais importantes de seu pai e filho, tem sido interpretado como um período sem importância, caracterizado pela Pax Hispanica e liderado por um rei piedoso com pouco interesse em questões políticas. No entanto, no que diz respeito a Portugal e suas conquistas, e especialmente em relação à América portuguesa, esse foi um período muito importante, no qual foram realizadas reformas substanciais que perdurariam por muito tempo. Esta palestra tratará dessas questões e veremos se alguns aspetos, considerados como tentativas de Castela de impor sua política, foram antes o resultado do pragmatismo e das demandas locais.

José Manuel Santos é Investigador Principal do Grupo de Investigação Reconhecido (GIR) “BRASILHIS: Historia de Brasil y el Mundo Hispánico en perspectiva comparada”. Dirige também a base de dados “BRASILHIS: Redes y circulación en Brasil durante la Monarquía Hispánica” e o “BRASILHIS Dictionary: Diccionario de Brasil en la Monarquía Hispánica”. É IP do projeto “Intercambios culturales, transculturación y castellanización en el Estado do Brasil y el Reino de Portugal durante la Monarquía Hispánica”, e dirigiu no passado numerosos projetos de investigação nacionais e internacionais, como o “Proyecto Resgate España” ou o “Atlas of Dutch Brazil”. Publicou 14 livros (entre monografias e livros coletivos) e mais de 50 artigos e capítulos de livros. As suas últimas publicacões são o livro Salvador de Bahía, 1625. La “Jornada del Brasil” en las noticias las relaciones y el teatro (com Irene Vicente e Enrique Rodrigues-Moura) e 1822: Independencia, primeiro volume da trilogia Brasil: 1822-1922-2022. Outras publicacões são: El Desafío Holandés al Dominio Ibérico en Brasil (editor com George Cabral de Souza), Historia de Brasil: una interpretación (tradução da obra de C G. Mota e Adriana Lopez); Brasil na Monarquia Hispânica. Novas interpretações (editor com Kalina Silva e Ana Paula Megiani), ou Redes y Circulación en Brasil durante la Monarquía Hispánica (editor, com Ana Paula Megiani e José Luis Ruiz-Peinado);  Histórias Conectadas – Ensaios sobre História Global, Comparada e Colonial na Idade Moderna (Brasil, Ásia e América Hispânica); a versão em espanhol do Diálogo de las Grandezas de Brasil (com a colaboração de Sylvia Brito).

A conferência do Professor José Manuel Santos é um evento conjunto do Instituto de Estudos Brasileiros e do Departamento de História, Estudos Europeus, Arqueologia e Artes da FLUC.

Leitura de poemas por AGE DE CARVALHO

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No próximo dia 19 de abril, pelas 16h, Age de Carvalho fará na sala do Instituto de Estudos Brasileiros da FLUC uma leitura de poemas seus. O evento integra a programação paralela do colóquio M/M, dedicado a Max Martins, programação essa que inclui ainda uma exposição bibliográfica do poeta de Belém do Pará, com contribuição fundamental de Age de Carvalho.

MAX MARTINS: Colóquio Internacional no IEB

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Nos próximos dias 18 e 19 de abril, o Instituto de Estudos Brasileiros da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra acolherá um colóquio internacional sobre a obra do poeta brasileiro Max Martins. O colóquio, com o título M/M, contará com a participação de Eduardo Sterzi e Marcos Siscar, ambos da UNICAMP, assim como André Aquino e Leila Coroa, estudantes de doutoramento da mesma universidade (Leila encontra-se em período de “doutoramento sanduíche” na FLUC), e ainda Pedro Serra (Universidade de Salamanca) Alva Martínez Teixeiro (Universidade de Lisboa) e Osvaldo Manuel Silvestre (Universidade de Coimbra). Participa do evento ainda, como anunciámos anteriormente, Age de Carvalho, poeta e designer gráfico brasileiro residente há cerca de 30 anos na Áustria, companheiro de aventuras literárias de Max Martins e responsável maior pela edição recente das suas obras na Editora da Universidade Federal do Pará.

O evento, que conta com o apoio da UNICAMP e da Direção da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, bem como do Centro de Literatura Portuguesa e do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas, da mesma Faculdade, incluirá ainda uma exposição de livros e reprodução de materiais do arquivo de Max Martins, na UFPA.

Reproduzimos em seguida o texto descritivo do colóquio.

M/M

Colóquio Internacional sobre Max Martins

Com um primeiro livro publicado em 1952, O Estranho, Max Martins (1926-2009, Belém do Pará) viria a afirmar-se, no seu modo discreto, mas persistente, como um dos mais importantes poetas brasileiros da segunda metade do século XX. Beneficiando de um ecossistema peculiar, no qual uma imagética amazónica de teor genesíaco e uma forte dinâmica intelectual dentro de um pequeno grupo, parecem compensar da distância em relação aos grandes centros culturais brasileiros, Max Martins elegeu desde cedo uma versão da radicalidade do moderno na qual a “travessia da página” e a “discursividade espasmódica”, para citar o seu companheiro de percurso Benedito Nunes, se harmonizam num corpo a corpo em que matéria da linguagem e arte erótica se tornam uma coisa só. Ao mesmo tempo, porém, esta poesia produz toda uma teoria do anti-retrato, explorando o nome próprio do autor, decompondo-o, fazendo dele morfema e fonema numa deriva paronomásica e sígnica que instabiliza o ponto de apoio de toda a elocução da sua poesia e faz do nome traço, decalque e recalque de um signo em eterna incoincidência consigo mesmo.

É esta obra, admiravelmente editada entre 2015 e 2021 pela Editora da Universidade Federal do Pará, em volumes de conceção gráfica cuidada (da responsabilidade do seu parceiro em aventuras literárias, e designer, Age de Carvalho) e com prefácios da responsabilidade de alguns dos nomes de referência dos estudos literários no Brasil e no exterior, que será objeto de um colóquio internacional, no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de Coimbra nos dias 18 e 19 de abril próximo.

A foto de Max Martins é de Béla Borsodi.

Age de Carvalho no IEB

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O poeta e designer gráfico brasileiro Age de Carvalho, que reside há cerca de 30 anos em Viena (Áustria), estará nos dias 18 e 19 de abril no Instituto de Estudos Brasileiros de Coimbra para fazer uma leitura de poemas seus e para prestar um depoimento sobre o seu companheiro de aventuras literárias em Belém do Pará, Max Martins. Lembramos que a recente edição da obra de Max Martins, pela editora da Universidade Federal do Pará, uma edição exemplar do ponto de vista gráfico e filológico, é da responsabilidade de Age de Carvalho.

Iremos dando informações sobre a visita do poeta a Coimbra. A visita de Age de Carvalho é apoiada pelo Centro de Literatura Portuguesa e pelo Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas da FLUC.

Rosângela Rennó no IEB

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No próximo dia 13 de março, pelas 14h, na sala do Instituto de Estudos Brasileiros da FLUC, Mário Cámara e María Angélica Melendi (esta por zoom) conversarão com a artista brasileira Rosângela Rennó, numa sessão com o título ‘Imagem, memória e arquivo’: Rosângela Rennó conversa com María Angélica Melendi e Mario Cámara. A conversa vem a propósito da recente edição (2023), na .br brasiliana, de Buenos Aires, do livro de María Angélica Melendi, Imagen, memoria y archivo en Rosângela Rennó. O evento é uma organização do IEB com a Bienal Ano Zero de Coimbra.

Passamos a apresentar os participantes.

Rosângela Rennó nasceu em Belo Horizonte e vive no Rio de Janeiro.  O seu trabalho sobre fotografias, objetos e instalações caracteriza-se pela investigação de diferentes políticas de representação/absorção fotográfica e das relações entre memória e esquecimento, através da apropriação de imagens de diversas fontes. Arquivos fotográficos precários, abandonados e até mesmo ‘arquivos mortos’, levaram-na a empenhar-se no esclarecimento e no combate às recorrentes narrativas de apagamento e de ‘ignorância estrutural’, utilizadas como estratégia de amnésia histórica e exclusão de grande parte da população, especialmente no Brasil e nos países do Sul Global. Dedica-se também à criação de vídeos e livros de artista, sempre na mesma base concetual.

Além de participação em inúmeras exposições coletivas, realizou exposições individuais em instituições, tais como: Mécanique Générale (Les Recontres de la Photographie, Arles, 2023), Estação Pinacoteca (São Paulo, 2021), Museum Für Angewandte Kunst Köln MAKK, (Cologne, 2021), Instituto Moreira Salles (Rio de Janeiro, 2017/2018), Photographers’ Gallery (Londres, 2016), Centro Atlântico de Arte Moderno CAAM (Las Palmas, 2014), FotoMuseum (Winterthur, 2012), Centro de Arte Moderna CAM – Fundação Gulbenkian (Lisboa, 2012), Centro de Fotografía CdF (Montevidéu, 2011), Pharos Center for Contemporary Art (Nicosia, 2009), Prefix Institute Contemporary Art (Toronto, 2008), Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães MAMAM (Recife, 2006), Centro Cultural Banco do Brasil CCBB (Rio de Janeiro, 2003), Museum of Contemporary Art MOCA (Los Angeles, 1996), De Appel Foundation (Amsterdã, 1995).

Recebeu os prémios: Women in Motion Kering  & Les Rencontres d’ARLES Photographie, (Arles, 2023). CIFO Grants & Commissions Program (Cisneros Fontanals Art Foundation, Miami, 2014). Photobook of the year (Paris Photo – Aperture Foundation Photobook award, 2013). Historical Book Award (Les Rencontres d’Arles, 2013). 1o ALICE AwardsArtistic Landmarks in the Contemporary Experience (Global Board of Contemporary Art, 2012). Prêmio Jabuti (Câmara Brasileira do Livro, São Paulo, 2004). 13o  International Festival of Electronic Art (VideoBrasil, São Paulo, 2001). Bolsa Guggenheim (John Simon Guggenheim Memorial Foundation, New York, 1999). Continue reading